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São João de Jequié completa 23 anos sem balões no céu

O ícone foi banido do município com a chegada do poliduto

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(Foto: Reprodução)

Quem viveu em Jequié entre os anos de 1985 a 1994 relembra com saudades dos bons e velhos tempos das festividades juninas que marcaram gerações na escaldante cidade sol, uma época que, não só em Jequié, como em outras partes do Brasil, foi considerada por milhares de brasileiros como os 'A...

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Quem viveu em Jequié entre os anos de 1985 a 1994 relembra com saudades dos bons e velhos tempos das festividades juninas que marcaram gerações na escaldante cidade sol, uma época que, não só em Jequié, como em outras partes do Brasil, foi considerada por milhares de brasileiros como os 'Anos Dourados', anos que ficaram na lembrança de quem viveu com intensidade os momentos marcantes da década de 80 e início dos anos 90.


"Em toda casa agente entrava, comia, bebia licor, dançava - fazia a festa mesmo" -,relembra com saudades um jovem de 37 anos dos festejos juninos do interior.


"Nas rádios, o que mais tocava eram Luis Gonzaga, Elba Ramalho, Chiclete com Banana, Alcimar monteiro entre outros que faziam sucesso", disse um outro morador antigo da cidade. O chiado das radiolas também agitavam as festas de bairro que levantavam poeira nos espaços recretativos improvisados de chão batido.


Mas, um dos ícones que mais animava a festa mesmo eram os ídolos que enfeitavam os céus de Jequié: os balões.
"Olha o balão !!!". Era assim se anunciava a presença excitante do ícone que mexia com as emoções de jovens e adultos que partiam em disparada com os olhos fixos nos céus para pegar os balões.


Era um verdadeiro corre-corre, pega-pega. Até cabos de vassouras e galhos de árvores eram usados para a captura dos balões. Quem obtinha êxito na caçada era considerado um herói e ganhava o respeito da turma.


Uma lenda urbana muito conhecida na cidade dá conta de que um certo cidadão do município, conhecido como Geral Careca, soltava cerca de 2 mil balões em cada temporada da festividade, como cumprimento de um pacto para recuperar os cabelos perdidos. A lenda até hoje não foi confirmada oficialmente.


Mas os balões dos festejos juninos de Jequié estavam com os dias contados. Com a chegada do Poliduto (ou Oleoduto) ao município em 1994, estava decretado o banimento do ícone para sempre na cidade.


A principal razão para a proibição dos balões na cidade é que o Terminal petrolífero de Jequié passaria a receber e armazenar diesel, gasolina e GLP provenientes do Terminal Madre de Deus, via Oleoduto Recôncavo-Sul da Bahia (Orsub), além de álcool anidro e álcool hidratado via rodoviária e transferi-los para as companhias distribuidoras via plataforma de carregamento de caminhões-tanque. - (Segundo informações colhidas do site da Petrobras).


Assim também, as épocas de copa do mundo nunca mais seriam as mesmas sem o frenesi que agitava a comunidade jequieense nos meses de Junho. As Lembranças que deixaram saudades ficarão para sempre gravadas na memória de quem viu e curtiu um pedaço do tempo que foi sem igual no campo da cultura nordestina, uma experiência empolgante que até hoje é contada com entusiasmo para as novas gerações.


Texto: Da redação
AGÊNCIA INDICATU - SP/BR - 11/10

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