As redes sociais, antes, durante e depois do período eleitor...
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As redes sociais, antes, durante e depois do período eleitoral, está uma verdadeira zona. A intenção dos idealizadores dessas plataformas de conversas e interação on-line é socializar as pessoas, fazê-las rever os amigos e envolve-los em um bate-papo agradável, torna-los próximos uns dos outros. Mas a coisa tomou outro rumo.
Como que em um combate acirrado de palavras e colocações descontextualizadas - verdades passaram a ser ‘meias’, e as mentiras ganharam um ‘Q’ de realidade. Supostas provas para incriminar o inimigo viraram o carro chefe de alguns administradores de grupos do whatsapp e facebook. Em um acervo eclético de postagens engraçadas, críticas e ofensivas, a última que viralizou na net no último mês do ano foi “pra lá de esdrúxula”, a mais surreal de todas.
No calor das festas natalinas, seguidores de Jair Bolsonaro das mentes “criativas” tiveram a “brilhante” ideia de associar um fato real, biblicamente comprovado, com a figura do PT e seu líder Mor, Lula.
Por ser a estrela a insígnia distintiva do PT (Partido dos Trabalhadores exaustivamente achincalhado nas redes sociais pela oposição e seus efeitos colaterais), o símbolo passou do status de ‘esperança e iluminação’ para algo sombrio, maligno.
A estrela da história da bíblia – segundo o que ela mesmo diz – era um anjo mal, cuja intenção era guiar aqueles astrólogos até o menino Jesus para que eles retornassem com a informação exata da localização do bebê ao rei Herodes, cujo intento era destruir a criança.
Vale ressaltar que, na época, Roma era o império mundial que conduzia as nações com mãos de ferro. Apesar de haver um senado, ainda não existia República, muito menos partidos políticos. Portanto, uma associação desta natureza, que envolveu uma tentativa de assassinato à pessoa mais importante que já viveu na terra a um partido político, criado quase 2 mil anos depois, é um retrato fiel de uma boa parte dos indivíduos brasileiros que estão, no mínimo, doentes.
Agência Indicatu – SP/BR – 31/12/2018
Texto: Da redação
