O aplicativo JW Library, ferramenta digital usada em todo o mundo pelas testemunhas de Jeov...
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O aplicativo JW Library, ferramenta digital usada em todo o mundo pelas testemunhas de Jeová para servir conteúdo religioso embasado nas escrituras sagradas, foi considerado extremista pelo governo russo. A resolução do Tribunal Distrital de Oktayabrskiy de São Petersburgo, em 31 de março deste ano (2021), também considerada como um ato de intolerância religiosa, torna o uso e a distribuição do APP proibido em toda a federação russa. O principal conteúdo do aplicativo JW Library considerado extremista pelo sistema jurídico russo é a própria Bíblia Sagrada, usada por religiões cristãs no mundo todo. A decisão do tribunal se aplica tanto às testemunhas de Jeová quanto a simpatizantes da religião. A partir da data da suspenção da ferramenta, o governo russo concede às autoridades policiais licença para os piores atos de violência e abusos contra quem for pego com o aplicativo baixado em seus aparelhos, o que inclui tablets, celulares, notebooks e PCs. A direção das testemunhas de Jeová nos Estados Unidos informou através da seção de notícias do site JW.org que irá recorrer da decisão.
Agora no dia 20 deste mês, abril de 2021, completa-se quatro anos que as testemunhas de Jeová foram banidas em todo o território russo após a decisão do supremo tribunal do país, que classificou o grupo como extremista e usou como evidências ‘provas plantadas’ por autoridades russas nas dependências de um dos principais prédios usado pelos religiosos. As literaturas plantadas por forças especiais russas na época continham conteúdo proibido e foram usadas para servir de “provas” pelo sistema jurídico da Rússia contra a ordem religiosa. Desde então, homens, mulheres, idosos e jovens foram vítimas de uma série de injustiças materializadas em forma de agressões físicas e psicológicas, além de outros abusos como torturas em veículos do governo.
Este mês, o terror implantado pelo governo da Rússia contra as testemunhas de Jeová soma 1.460 dias, ou, 35 mil e 40 horas de angústia para quem está no epicentro de um dos piores atos de intolerância religiosa estatal do mundo.
Agência Indicatu – SP/BR – 02/04/2021
Texto: Da redação
